A América Latina inicia 2026 marcada por uma transformação profunda no comportamento de consumo. Após um 2025 de forte resiliência, digitalização acelerada e criatividade diante da inflação, o consumidor entra no novo ano mais cauteloso e pressionado por fatores como insegurança, custo de vida e processos eleitorais. A tendência é de decisões mais conservadoras, com maior foco em manutenção de produtos e busca por estabilidade financeira.

Ao mesmo tempo, cresce o movimento comunitário e hiperlocal. Consumidores priorizam marcas nacionais, experiências presenciais e interações em grupos menores, enquanto comunidades passam a influenciar identidades de marca em tempo real. A nostalgia também ganha força, especialmente entre a Geração Z, que encontra em estéticas e rituais do passado uma resposta à fadiga digital e à incerteza. Esse resgate cultural impulsiona a procura por objetos físicos e marcas com herança reconhecível.

Na tecnologia, a curiosidade inicial pela inteligência artificial dá lugar à exigência por transparência e segurança. Embora amplamente adotada, a IA só será bem recebida se demonstrar clareza no uso de dados e benefícios reais. Nesse cenário, especialistas apontam quatro estratégias essenciais para 2026: storytelling baseado em evidências, fortalecimento de microcomunidades, revivals culturais reinterpretados e ecossistemas de influência que combinem criadores, vozes locais e consumidores reais para validar autenticidade.